David Redwine
Foi o Médico e pesquisador em endometriose que desvendou a endometriose já nos anos 1980 — Bend, Oregon, Estados Unidos — Agosto de 2023 — Todos os direitos reservados - Artigo original WHR, vol. (1) pág. 1. (Versão em português)
A origem da endometriose é um tema crucial, pois o tratamento racional da doença depende do conhecimento de sua causa. A literatura médica continua a descrever a endometriose como uma "doença confusa, misteriosa e enigmática" que afeta cerca de 10% das mulheres no mundo. Tal incerteza, mesmo após mais de um século de estudos, indica claramente que as premissas básicas sobre a doença estão incorretas.E o que poderia ser mais fundamental do que a origem da doença? A confusão em torno da endometriose inevitavelmente aponta para uma falha na compreensão de sua origem. Como a teoria da menstruação retrógrada de Sampson é a mais frequentemente citada como causa, a trilha da confusão leva diretamente a essa teoria, que se torna o principal fator de desorientação.
A teoria de Sampson propõe que, durante a menstruação, parte do fluido menstrual escapa pelas extremidades das tubas uterinas, carregando sangue, células endometriais e fragmentos de tecido para a cavidade peritoneal, onde se implantariam e se desenvolveriam, originando a endometriose. Considerando que cerca de 10% das mulheres em idade fértil têm endometriose, esse processo ocorreria literalmente bilhões de vezes a cada ano.O fluido menstrual é composto por eritrócitos, células estromais e células glandulares (Figura 1). As dimensões dessas células variam entre 8 micrômetros (eritrócitos) e até 75 micrômetros (células glandulares). Fragmentos de tecido refluxado poderiam, teoricamente, medir entre 20 e 900 micrômetros — dimensões visíveis a olho nu.Se a teoria de Sampson estivesse correta, seria esperado encontrar extensas evidências fotomicrográficas dos passos de adesão, proliferação e invasão do tecido refluxado. Contudo, a ausência dessas imagens fundamentais, mesmo após 150 anos de pesquisas, representa a falha fatal da teoria: se o fenômeno realmente ocorresse, seria impossível não registrá-lo. A única "evidência" disponível são esquemas ilustrativos (Figura 3).Enquanto virologistas capturam imagens de vírus e astrônomos fotografam supernovas, a ciência ainda careceria de imagens básicas de tecido refluxado? Isso é inaceitável. A teoria da menstruação retrógrada como origem da endometriose deve ser rejeitada.
Além disso, a teoria da menstruação retrógrada não pode explicar a endometriose em homens.
A resposta: Sim, obviamente.
Uma teoria unificadora precisa explicar:
A única explicação lógica é que a endometriose tem origem genética e embrionária. Ela começa no momento da concepção, é expressa durante a embriogênese e se manifesta com a exposição ao estrogênio na puberdade.
Durante a formação do embrião, as células-tronco migratórias podem, dependendo da genética individual, depositar ilhas de células endometriais ectópicas e células-tronco suscetíveis em trajetos padronizados. Esses trajetos concentram-se na pelve posterior, mas podem ocorrer em outras partes do corpo.Assim, a endometriose é um defeito de diferenciação e migração embrionária relacionado aos genes HOX e a um conjunto genético maior, que o Dr. Redwine propôs chamar de "Conjunto Genético Mulleriótico" (MGE).Este conceito explica:
E principalmente: explica por que nunca se fotografou as etapas propostas pela teoria da menstruação retrógrada — não se fotografa genes com microscopia óptica.
Enquanto a cura genética não chega, a excisão continua sendo o melhor tratamento.
Considerando o número de pacientes maltratadas por basear terapias na teoria da menstruação retrógrada, fica claro que esta foi uma das mais prejudiciais teorias da história da medicina.
A ciência precisa reconhecer esse erro e seguir adiante — rejeitando completamente a menstruação retrógrada como causa da endometriose e direcionando a pesquisa para a origem genética e embrionária. Com Mulleriose, não precisamos de Sampson.
Mas precisamos de mais tecido excisado e supercomputadores para avançar.